quinta-feira, 29 de maio de 2008

Passarinhos


Inspirei-me nesta imagem para desenhar o conde de Gloucester: Diante da ameaça, um passarinho abre as asas com coragem, o outro encara indignado.

Dividimos tudo com os outros seres, especialmente as expressões. Estes dois poderiam ser os príncipes da torre e o que vi nesta fotografia me fez pensar: nossa intervenção no planeta é benéfica ou assassínia?

O certo seria mantermos distância, ou qual convivência seria possível, se não preferíssemos roubar-lhes as penas? Como um predador reage a faces como estas? Seríamos considerados predadores por estas ararinhas azuis?

Os príncipes encarcerados antes da morte, tal qual o poderiam ser esses dois.

Somos animais fantasiados em pessoas - criador encarcerado em sua própria criação.
O pássaro diria 'eu sou pássaro'? E o que isso significaria? Pensaria um desses dois ser mais relevante para a sua espécie que qualquer outro?

Até que ponto vai a nossa animalidade?